A cidade de Mongaguá está fazendo a lição de casa certinho oferecendo condições para que os catadores possam realizar o trabalho que é tão importante para o meio ambiente. Veja que ótimo exemplo:
Prefeito também assinará decreto para que equipamentos públicos façam a separação de materiais recicláveis
Mongaguá inaugurou nesta quinta (22), às 10 horas, um galpão com300 m²de área útil (Avenida Monteiro Lobato, 12.450), cedido pela Prefeitura para a Coopemar – Cooperativa de Catadores de Recicláveis de Mongaguá e Região, destinado à triagem de material, prensa e acondicionamento para comercialização de materiais recicláveis.
A abertura oficial do galpão complementa o processo de organização e qualificação dos catadores na Cidade, festejado pelos trabalhadores que agora conquistaram maneira digna de sustento de suas famílias, fora do ambiente insalubre dos lixões. A iniciativa da prefeitura rendeu ao prefeito Paulo Wiazowski Filho, o Paulinho, o Selo Amigo do Catador, recebido das mãos do ex-presidente Lula, em dezembro passado.
No evento de entrega do galpão, o prefeito Paulinho também assinará decreto determinando que os departamentos públicos municipais, façam a separação de materiais recicláveis. Escolas, unidades de saúde e administração, farão separação de restos de papel, papelão, embalagens longa vida, plásticos, vidros, alumínio e metais em geral.
“A consciência e atitude ecológica é dever de cada um de nós. Com um simples gesto, estaremos contribuindo com o Meio Ambiente”, ressaltou Paulinho. “A sociedade também ganha com a coleta seletiva. Os trabalhadores ganham qualidade de vida, são incluídos no mercado de trabalho, a economia é aquecida e todos são beneficiados”.
A ideia principal é a de acabar definitivamente com o lixão e retirar as pessoas que ainda vivem dele. “O aterro está inoperante. O local só serve para transbordo do lixo, que vai para Santos. Mas, ainda temos um grande número de pessoas que insistem em trabalhar por conta própria, colocando em risco a saúde”, lamentou o diretor de Meio Ambiente Sérgio Vicente Domenico.
Estrutura – Na área operacional, o galpão conta com triagem – para separar em bancadas os resíduos; prensa para depositar material; local para acondicionamento de material aguardando a comercialização; 2 vestiários; cozinha; escritório; espaço lateral para refeições.
A Coopemar tem 20 catadores inscritos, mas esse número deve aumentar quando a coleta seletiva for institucionalizada no Município. Os catadores também aguardam a chegada, em novembro, de um caminhão, da Rede Cata Sampa – formada por cooperativas e associações de catadores, que vai auxiliar na coleta de materiais na Cidade. Por enquanto a coleta tem sido feita de forma piloto, nas imediações do galpão.
Selo – Para o ano que vem, a Cidade também lançará o Selo de Responsabilidade Socioambiental. Todo comércio e empresas produtoras de materiais recicláveis receberão o selo “desde que faça essa separação de material reciclável do lixo orgânico”, explicou o biólogo Fabio de Azevedo, da diretoria de Meio Ambiente da Cidade. Segundo ele, Mongaguá será a 1ª cidade a implantar esse tipo de selo, na Região Metropolitana da Baixada Santista.
“O objetivo do selo é despertar conscientização para que as empresas causem menos impacto ao Meio Ambiente e que a Cidade se torne referência em sustentabilidade e gestão ambiental”, enfatizou o biólogo. No projeto também está previsto um ranking que ao final de cada ano apontará as empresas amigas do meio ambiente.
Todo o trabalho está sendo feito em parceria com o MNCR – Movimento Nacional dos Catadores de Recicláveis. Ano passado, a cidade foi sede do Encontro Estadual de Catadores do Movimento. Um momento importante para o fortalecimento do grupo de acordo com Roberto Laureano Rocha, coordenador do MNCR.
Mudança de vida – A COOPEMAR já mudou a vida de trabalhadoresem Mongaguá. Dentre elas, a da atual presidente da cooperativa. Maria Selma Silva, que por 10 anos trabalhou no lixão da cidade, juntou um grupo de pessoas e formou a cooperativa. Foi até a Prefeitura pedir ajuda e participou, junto com os outros catadores, de cursos de qualificação e trabalhos de integração social desenvolvidos pela Administração e hoje vive outra realidade.
“Quando fui trabalhar lá (no lixão), eu fui com a cara e a coragem. Sabia dos perigos e das condições do lugar, mas como não tive alternativa, fui obrigada a enfrentar. Agora, temos outra condição de trabalho, conhecemos catadores de outros países, como os de Moçambique, que nos mostraram as ideias implantadas lá”, contou a coletora.
Outra história de mudança é da fiscal da cooperativa Iranilde Lemésio da Silva. “Hoje eu posso dizer que tenho uma profissão e um trabalho digno. Todo mês eu consigo pagar as contas e colocar comida dentro de casa. Agora, com o galpão e a chegada das máquinas, conseguiremos mais vendas, poderemos trabalhar com mais segurança e conforto”, destacou.
Como destinar – Os munícipes que também quiserem participar deste projeto e separar o material reciclável em suas casas podem ligar para a diretoria de Meio Ambiente, no telefone (13) 3445-3049 e fazer o cadastramento. “A partir desse cadastro, nós vamos montar a logística para recolha nos bairros, com o caminhão que vai chegar”, finalizou Azevedo.
A Camiseta Feita de Pet estará na cidade nos dias 27, 28 e 29 de setembro em parceria com a Secretaria de Turismo, na III Ação Municipal para Promoção do Turismo, às 19 horas, no Centro Cultural Raul Cortez, situado na Avenida São Paulo, 3465, bairro Vera Cruz, em Mongaguá, com entrada franca.
Estaremos com o projeto “Eu faço a diferença no mundo” recolhendo garrafas, e expondo as camisetas. Ótima oportunidade para você fazer a diferença no mundo!
Até lá.
Camiseta Feita de PET.
Fonte: PREFEITURA DE MONGAGUÁ.