RODRIGO VARGAS
DE CUIABÁ
Relatório final sobre a mortandade de milhares de peixes verificada no final de janeiro na região do rio Negro, no Pantanal de Mato Grosso do Sul, aponta o fenômeno natural da decoada como a causa da ocorrência.
O documento, produzido pelo Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul), foi divulgado nesta sexta-feira à imprensa e descarta a possibilidade de que as mortes tenham sido resultado de uma contaminação por agrotóxicos.
A decoada ocorre quando uma grande quantidade de matéria orgânica é carregada pelas chuvas para dentro de rios e baías. “Um fenômeno natural característico do ecossistema do Pantanal, quando ocorre consumo excessivo de oxigênio para oxidação da matéria orgânica”, diz um trecho.
O levantamento do Imasul constatou que a mortes ocorreram em duas baías conectadas ao rio Negro. Neste locais, foram coletadas amostras da água e dos peixes mortos. Os exames constataram, segundo o relatório, “excesso de matéria orgânica” e níveis de oxigênio dissolvido “extremamente baixos”.
“Não foi detectada a presença de princípios ativos de agrotóxicos nas amostras analisadas.”