Texto retirado de http://g1.globo.com
Comlurb vai manter trabalho 24 horas por dia até a retirada total. Ao todo, 102 garis atuam em embarcações e no entorno do local.
A Comlurb já removeu 35,6 toneladas de peixes mortos da Lagoa Rodrigo de Freitas, na Zona Sul do Rio, desde as 7h da última sexta-feira (26) até a manhã deste sábado (27).
Segundo a empresa, 102 garis atuam no local, 12 deles embarcados em um catamarã e em um barco de alumínio e os demais atuam no entorno.
A operação conta ainda com dois caminhões e duas caixas de entulho, além do catamarã da EBX, do empresário Eike Batista.
De acordo com o Secretário Municipal de Conservação e Serviços Públicos Carlos Osório, haverá equipes trabalhando na área 24 horas por dia até que o serviço seja concluído.
Mudanças climáticas
A secretária estadual do Ambiente, Marilene Ramos, afirmou na sexta (26) que a causa da mortandade de peixes na Lagoa pode ter sido o aumento de uma espécie de alga existente na água. Segundo ela, a mudança nas condições climáticas favoreceu a proliferação dessas algas, que não foram identificadas.
A gerente de qualidade de água da secretaria, Fátima Freitas, descartou o aumento de esgoto na lagoa. Segundo ela, não houve diminuição no nível de oxigenação da água.
Ela explicou que a secretaria acredita que o aumento da quantidade de alga foi o responsável pela morte dos peixes. Numa medição feita na segunda-feira, já havia sido constado um nível alto do micro-organismo, cerca de 400 mil. Nesta sexta, foi constadado um nível quatro vezes maior do que o de segunda. Para ela, um possível aumento de esgoto na água não seria a causa para o aumento da proliferação das algas.
Biólogo contesta
Já o biólogo Mário Moscatelli contesta uma das hipóteses de técnicos do Instituto Estadual do Ambiente (Inea) para justificar a morte de peixes. Segundo os técnicos, o choque térmico – a água fria da chuva de quinta-feira (25) em contato com a água quente da lagoa – pode ter causado a morte dos peixes.
“Em dezembro choveu com mais intensidade e não houve nada parecido com isso. Quando a gente encontra bagre, que vive no fundo da lagoa, e tilápia, que é um peixe resistente, morrendo é por que algo diferente ocorreu”, disse o biólogo, em entrevista ao RJTV.